terça-feira, 2 de janeiro de 2018

2017 Deu Errado? Leia Esse Texto


Hoje se inicia uma nova chance. Não, não é mais um clichê de começo de ano ou papo de gente zen. É fato. Hoje você tem, literalmente, novos 365 dias, 53 semanas, 264 dias de semana, 101 dias de fim de semana e 8.760 horas para fazer seus sonhos se realizarem.

É tempo pra caramba!

Não importa se você dormiu demais, reclamou demais ou fracassou de alguma forma em 2017, sabe porque? Porque é passado! Até ontem era tempo de lamentar e de ficar no sofá, a partir de hoje você tem a oportunidade de construir uma nova vida, com novos rumos, novas metas e mais realizações do que nunca.

Tem noção de que a vida te deu mais uma oportunidade de ser feliz?! De lutar pelo que você mais deseja?

Se você reprovou de ano, ganhou tempo pra aprender de verdade agora. Se não passou no vestibular, tem mais duas chances esse ano para dar o seu melhor. Se você está desempregado, aproveite para aprimorar o que você sabe (hello youtube, turo bom?) e enviar currículos melhores. Se você está cheio de dividas, procure se educar financeiramente logo no primeiro mês do ano (hello youtube, turo bom?²) e coloque metas na sua vida. Se você perdeu alguém importante, dedique seu ano à caridade (quem olha para o necessitado nem tem tempo para sofrer). Se você terminou um relacionamento, dedique cada dia ao autoconhecimento (medite cinco minutos todos os dias, por exemplo). Se você deseja conhecer um novo parceiro, se faça ver! Quantas vezes você já não ficou preso na ideia do sucesso mas não fez nada, nadinha de nada, para que ele aconteça?

Resumindo: faça. Foque na execução dos seus projetos e não apenas no desejo de que eles sejam colocados em prática. Para alguma coisa dar resultado é preciso planejar, executar e ter esperança de que um dia o que você espera do futuro se torne o presente.

Então, diria que o combo para fazer de 2018 mil vezes melhor do que 2017 é: fazer e ter esperança. Inevitavelmente, o amanhã depende do hoje. Comece HOJE, foque no HOJE e viva o HOJE.

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Sobre Liberdade E Outras Coisas


Quando criança sempre desejei ser adulta logo, muito provavelmente pelo fato de que convivia mais com adultos do que com crianças. Devia ter uns quatro ou cinco anos quando decidi o que iria ser quando crescer, e uns seis ou sete quando me chamaram de muito madura para a minha idade. E, é claro, fui daquele tipo de criança que se dava melhor com as crianças mais velhas do que com as da própria idade, e conseguia manter uma conversa razoável com adultos muito antes do esperado. Ou seja, queria ser independente, ser responsável por mim mesma e acima de tudo queria ser capaz de realizar meus sonhos sozinha.

Mas as coisas não saíram como o esperado. Muito além de não ter conquistado a minha independência, me sinto afogada no mar de controle de outra pessoa. É claro que ter alguém para se preocupar com você, ser interessado na sua vida é algo essencial para saciar o lado carente que todo o ser humano tem, mas espaço é bom e eu gosto.

Se fossem somente as coisas importantes, estaria tudo bem. Mas não ter voz para decidir coisas simples do dia a dia? Me faz querer fugir pra bem distante. Alias, ainda não contei pra ninguém, mas vou. Pra mais distante do que alguém pode imaginar.

Sinceramente, quando a vontade nasceu dentro do meu coração, doeu. Doeu porque de alguma forma eu senti que é um caminho sem volta. Quando entrar naquele avião nunca mais serei a mesma. Mesmo que dependa dos seus recursos para tal, saiba que esse será o meu grito de liberdade.

Não admito viver nessa inercia constante, apenas sobrevivendo. Sabe, eu nasci para viver. Acredito em destino, mas talvez o meu esteja preso nessa rotina. Sem emoções, felicidades ou planos.

Não tenho ideia de como vou fazer para contar, nem como vou fazer. O que sei é que esse sentimento, o da decisão, eu nunca tinha sentido antes. E acredite quando digo que não vou desistir.

Essa intuição que cresce a cada dia, essa vontade de ir logo. Não sou ingenua o suficiente para achar que nunca mais vou voltar, ou para pensar que não sentirei falta. Mas sou consciente o suficiente para saber que posso ser mais, fazer mais.

Essa é a primeira vez que escrevo sobre isso, mas tenho a sensação de que escreverei mais mil cartas dessas até chegar o momento em que tudo valerá a pena. E eu mal posso esperar para ter a minha vida só para mim.


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sexta-feira, 28 de julho de 2017

RESENHA: To The Bone (O Mínimo Para Viver)


Olá! Como prometido, trago a resenha da semana! Dessa vez sobre um dos títulos originais da Netflix lançados esse mês, o filme To The Bone, ou o Mínimo Para Viver, em português. A personagem principal é vivida pela atriz Lily Collins e tem participação do Keanu Reeves. Confira o trailer:


Logo no inicio há um aviso sobre o conteúdo do filme, deixando explícito que a trama conta com certos gatilhos e que pode ser prejudicial, principalmente para quem já passou ou está passando por problemas semelhantes ao da personagem principal.

Ellen é uma jovem de vinte anos que sofre de anorexia, e diferentemente de outros filmes com a temática semelhante, To The Bone não trás uma reviravolta emocionante e imediata, do tipo em que a personagem escolhe melhorar logo de cara. Pelo contrário: o filme mostra o fundo do poço, literalmente. Não temos cenas do passado de Ellen, e nem do futuro saudável que ela pode ter. A trama se concentra na dificuldade de estar no auge da doença e no dilema de aceitar ajuda ou não; e quando falo em aceitar ajuda não é simplesmente aceitar o tratamento, e sim se dedicar a ele.


Por mais que não exista foco no passado da personagem de Lily Colins, fica claro a maioria dos gatilhos que colaboraram pelo desenvolvimento da doença dela: a mãe se separou do pai para ficar com a melhor amiga dela, e a partir daí passou a não dar tanta atenção à família, o pai é totalmente ausente (tão ausente que nem tem ator para ele, ele é apenas citado), a madrasta não tem o famoso cimancol (por mais que ela seja consciente da doença da enteada, tem colocações que só a prejudicam), entre outros fatores, mas basicamente a família ser desestruturada é algo difícil para Ellen. Além dos pais e das madrastas, também temos contato com a meia-irmã de Ellen, que ainda é adolescente e sofre bastante com a doença da irmã. Entre trancos e barrancos, a madrasta e a irmã são as únicas realmente dispostas a fazer algo para ajuda-la.

A personagem já passou por diversos tratamentos, e nenhum deles de fato funcionou. Até que sua madrasta encontra um renomado doutor que tem um tratamento peculiar para pacientes com distúrbios alimentares, e é aí que tudo muda. O tratamento consiste em uma casa com monitoramento de apenas uma profissional, na qual vários pacientes moram durante um determinado tempo e por vontade própria, pois eles podem abandona-lo quando bem entenderem. O doutor, vivido por Keanu Reeves, faz visitas a casa e se encontra individualmente com os moradores. Além disso existe uma terapia em grupo semanal.


Como falado anteriormente, o filme contem gatilhos. A obsessão de Ellen por fazer abdominais, por exemplo, ou o fato dela contar todas as calorias das refeições. Mas nada disso se compara as cenas que mostram o corpo dela. A atriz realmente emagreceu para o papel, e não é nada normal o estado em que o corpo dela ficou. É agonizante. Aliás, lá pro fim do filme, ela desiste. Sai sem rumo acreditando que vai morrer naquela noite, mas aí ela tem um sono onde se vê como realmente está: o corpo totalmente emagrecido, fraco e doente. Ali foi o momento decisivo para ela.

É muito legal da parte dos roteiristas e produtores não romantizarem a produção ou mostrar a recuperação de forma utópica, porém existem algumas falhas no filme. A casa dos pacientes é monitorada por apenas uma profissional, que deixa passar várias coisas, como por exemplo o saco de vômito que uma das garotas esconde embaixo da cama, ou os abdominais que Ellen faz durante a madrugada. Em uma casa de reabilitação normal, os pacientes são monitorados vinte e quatro horas por dia, por mais de uma pessoa. Outro ponto que ficou no ar é o fato de que não há acompanhamento nutricional, e os pacientes comem o que querem, se querem. Uma das pacientes come pasta de amendoim de jantar enquanto outros tem uma refeição normal. E com certeza deixar que os pacientes deixem a casa a qualquer momento é muito, muito errado.

Algo que não vi em nenhuma das resenhas do filme e que considero válido é que temos uma personagem obesa e um garoto com distúrbios alimentares. É uma excelente desconstrução para o estigma que somente mulheres magras sofrem com esse tipo de doença.

Contudo, acredito que a pegada mais real foi muito legal, mas o filme não é tão bom assim não. Algumas cenas são bem descartáveis e a falta do pai é sem sentido, sabe? Acho que é interessante para as pessoas que não tem nenhum transtorno alimentar, para saber como é passar por ele, é quase como um alerta sobre o quão prejudicial é. Mas a atuação de Lily é impecável!

O filme é dirigido por Marti Noxon e está disponível na Netflix.


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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Eu Estou Aqui


Eu estou aqui. Estou no seu sorriso, no seu coração e nas suas orações. Estou sempre com o caminho entrelaçado ao seu, e, com sorte, em algum momento você irá perceber.

Você sempre diz que espera pela pessoa certa, mas se tanto procura, como nunca me notou? Ninguém acha tanta graça nas suas piadas quanto eu acho. Ninguém conhece a sua história como eu conheço. Ninguém tem tanto apreço pela sua família do que eu. E, principalmente, ninguém tem a sua felicidade como prioridade do jeito que eu tenho.

Todos os momentos que passamos juntos tento chamar a sua atenção. Seja contando para os outros sobre a nossa serie favorita, apoiando suas ideias malucas ou sempre perguntando se você está bem.

Alguém já te amou? Alguém já te amou como eu te amo?

Quando você me contou que reza acredita que nunca vai ser verdadeiramente amado, tive vontade de gritar com você. Como, como alguém pode ser tão cego?

Sabe aquele dia em que sua mãe perguntou se estávamos namorando? Aquela vez em que o garoto do cinema nos deu desconto porque era Dia Dos Namorados? Ou aquela vez que você me pegou chorando depois de ter contado para todo mundo que ficou com ela? Pois é.

Eu escondo que gosto de você esperando ser descoberta.

E mesmo quando você se apaixonou, namorou e jurou amor por outra, eu continuei aqui. Sempre a sua espera. Sem nunca deixar que nada diminuísse meu sentimento. Aliás, a cada desilusão amorosa sua minha vontade de te fazer feliz só aumenta.

Você nunca estará sozinho, porque eu nunca vou deixar de te amar. Agora você sabe que você sempre está nos pensamentos de alguém, nas orações e no coração. Você vive dentro de mim.

E eu? Bom, eu vou continuar onde sempre estive: aqui.

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quarta-feira, 19 de julho de 2017

RESENHA: No Seu Olhar, Nicholas Sparks


Uma das minhas maiores paixões na vida é ler, e um dos autores responsáveis por isso é o Nicholas Sparks. Venho lendo todas as histórias dele que encontro há mais de seis anos,e, sinceramente, ele sempre será um dos meus autores favoritos. Em 2016 mais um titulo foi publicado pela editora Arqueiro aqui no Brasil, o livro No Seu Olhar, li semana passada e gostaria de resenhar para vocês :)

SINOPSE
Filha de imigrantes mexicanos, Maria Sanchez é uma advogada inteligente, bonita e bem-sucedida que aprendeu cedo o valor do trabalho duro e de uma rotina regrada. Porém um trauma a faz questionar tudo em que acreditava e voltar para sua cidade natal, a pequena Wilmington.

A cidade também é o lugar que Colin Hancock escolheu para se dar uma segunda chance. Apesar de jovem, ele sofreu mais violência e abandono do que a maioria das pessoas. Também cometeu sua parcela de erro e magoou mais gente do que gostaria. Agora está determinado a mudar de vida, tornar-se professor e dar às crianças o carinho e a atenção que ele próprio não teve.

Colin e Maria não foram feitos um para o outro, mas um encontro casual durante uma tempestade mudará o rumo de suas histórias. Ao confrontar as diferenças entre os dois, eles questionarão as próprias convicções. E ao enxergar além das aparências, redescobrirão a capacidade de amar.

Porém, nessa frágil busca por um recomeço, o relacionamento deles é ameaçado por uma série de incidentes suspeitos que reaviva antigos sofrimentos. E quando um perigo real começa a se impor, Colin e Maria precisam lutar para que o amor sobreviva.

Com uma trama madura e repleta de emoções e de suspense, No Seu Olhar mostra que o amor às vezes é forjado em crises que ameaçam nos destruir e que o primeiro passo para a felicidade é acreditar em quem podemos ser.

FICHA TÉCNICA:

IDENTIDADE VISUAL: É bonita e segue a mesma linha dos outros livros.

DIAGRAMAÇÃO: Como sempre, a editora Arqueiro não decepcionou. Não encontrei nenhuma falha e a escolha do couchê foi boa também.

SOBRE A HISTÓRIA:

O romance policial é mais policial do que romântico, para ser honesta. Já vimos outras histórias nas quais Sparks trouxe uma pegada mais eletrizante e repleta de ação, como em Um Porto Seguro, porém nesse livro o romance foi deixado em segundo plano. Acredito que faltou um olhar mais preciso da edição em relação a isso, pois até a metade do livro a marca do autor fica clara – o romance -, mas depois o foco fica nas investigações e cenas que retratam a situação policial. Em contrapartida, a história é muito bem pensada e tem um desfecho inesperado, e mesmo as situações que já tinha suposto como seriam tem detalhes inteligentes.

Outro ponto que deixou a desejar foi o fato de o drama dentro da história de amor não teve ênfase em todo o livro.  Não me entenda mal, no começo da história a antipatia da família mexicana em relação à Colin é explícita, bem como os desafios na vida dele são expostos de forma real e causam empatia, mas é um ponto que deveria ser discutido até a última página (aliás, na capa a frase “o amor enxerga além das aparências” está em destaque, o que faz subentender-se que seria um dos pontos principais). Porém, o autor trazer uma personagem hispânica e um ex bad boy (um de verdade) é algo maravilhoso, já que as histórias dele geralmente são sobre um casal branco com poucas diferenças sociais, normalmente de cunho financeiro. Certamente é o melhor momento para um autor como Nicholas Sparks trazer uma história assim. Se todo o enredo fosse somente sobre a dificuldade social que o casal enfrenta já seria uma baita história.

O livro tem mais de 400 páginas, mas poderia ter menos. Em alguns momentos a leitura fica lenta, principalmente porque o narrador repassa os acontecimentos frequentemente.

De todos os livros do Nicholas Sparks, esse foi o que eu menos gostei. Porém, acho que logo ele estará no cinema porque todas as cenas pareciam fazer parte de um roteiro cinematográfico e não um livro, mas de um jeito legal, sabe?! Nesse ponto o livro lembra A Última Música.

Espero que os próximos títulos continuem trazendo cada vez mais personagens como Colin e Maria, e, principalmente, que os livros voltem a ter o amor como tema principal.


OBS.: A partir de agora, toda semana teremos uma resenha nova!

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